domingo, 19 de setembro de 2010

Congresso:







Entre os dias 3 e 7 de Setembro de 2010 ocorre em São Paulo o III Congresso Brasileiro de Psicologia: Ciência & Profissão . Nesse congresso apresentei o trabalho "Brincar, Participar e Aprender: O lúdico e a brincadeira à luz dos estudos sócio-históricos, no Simpósio "Psicologia Escolar e Educacional - Desenvolvimento Infantil", no qual participaram também as professoras Fernanda Vilhena Mafra Bazon (UFSCAR) e Débora Cristina Fonseca (UNESP Rio Claro).

Resumo do autor: CLAUDIA PANIZZOLO
BRINCAR, PARTICIPAR E APRENDER: O LÚDICO E A BRINCADEIRA À LUZ DOS ESTUDOS SÓCIO-HISTÓRICOS

No que se refere à produção pautada nos teóricos da Psicologia Sócio-histórica, também denominada histórico-cultural, os estudos de Vigotski, Luria e Leontiev são considerados marcos teóricos por romperem com a visão sobre as brincadeiras como atividades naturais de satisfação dos instintos infantis. Para Vigotski (1984) as experiências sociais que os homens vão acumulando ao longo de suas histórias são determinantes dos modos de pensar e agir. Nesse sentido Vigotski afirmou que uma das funções básicas do brincar é permitir à criança elaborar e resolver as situações conflitantes que vivencia no seu cotidiano. Para Leontiev (1988) o brincar é o elemento através do qual a criança relaciona-se com tudo o que a cerca, ampliando assim, suas experiências. A criança adota um determinado tipo de atividade em cada período de desenvolvimento, o que ao permitir relações com o mundo da cultura, provoca mudanças cognitivas e sociais. Vigotski e Luria (1996) afirmam ainda, que as diferenças de comportamento apresentadas pelas crianças, de diferentes idades, têm suas raízes, além das condições fisiológicas, nas diferentes capacidades de se expressarem culturalmente. Neste trabalho pretende-se discutir a infância e a criança na perspectiva sócio-histórica, focando o papel do brincar, do lúdico e do brinquedo como possibilidades de manifestação da infância, por meio de atividades livres e voluntárias, em que as crianças expressem seus desejos, suas vontades, valendo-se de sua criatividade, para elaborar suas próprias regras de convivência, apropriando-se e produzindo cultura.

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